21 VEZES MAIS VELHO
Vinte e uma voltas a terra deu ao redor do sol, desde que vim ao mundo. Tava tomando uns goles de wiski(do meu velho, mas fazia tempo que tava ali “estacionado”), quando resolvi escrever este texto.
Ainda que eu ache que ninguém vai lê isso aqui. Mas nem que eu escreva pra mim mesmo. Escrever pra mim mesmo. Pensando agora, o que eu diria pra mim mesmo depois desses vinte e um carnavais? Algumas diferenças eu já percebo, estou mais gordo e cada vez mais chato e, careca. Ah esse problema da calvície eu vou começar a resolver a partir da semana que vem (mais produtos pra gastar dinheiro).
Analisando o que eu aprendi de útil, foi pouca coisa, além de amarrar os cadarços e abrir garrafa de ceva com o isqueiro. Não plantei uma árvore, não escrevi um livro e muito menos fiz um filho. Nossa, que vida medíocre.
Se eu, com quinze anos, me encontrasse comigo agora, o que será que eu diria? (nossa, essa frase é uma pérola gramatical) O de quinze diria que eu estou um lixo. Eu, sei lá o que eu diria. Eu daria uma garrafa de cerveja e um isqueiro pra ele.
Pensando novamente. E se eu morrer daqui alguns dias? Acho que vou plantar uma árvore amanhã. E segunda-feira eu começo o livro. O filho vai ter que esperar. Bah, mas será que eu planto essa árvore em plena sexta-feira!? E começar a escrever um livro não é bem assim, exige planejamento. Sobre o que seria? Sobre minha vida? Nem pensar odeio autobiografias, sem falar que não teria graça nenhuma. A minha vida é, como diria Luís Fernando Guimarães, completamente “normal.” Pensando melhor ainda, vou deixar pra outra hora.
E o que será que vem pela frente!? Nunca fiz planos a longo prazo. O que eu vou estar fazendo daqui a cinco, dez, vinte anos? Sei lá... arrisco dizer que vou estar tomando o MEU wiski e escrevendo outro texto...
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