Pirespace

Aqui é meu espaço. Crônicas, notícias, contos, bons textos, péssimos textos e literatices do gênero. Letras unidas de maneira que produzam algum significado, ou não.

15 janeiro, 2007

Cicarelli, You Tube, MTV

Cicarelli em alta novamente. Não bastou a polêmica pelo vídeo, agora o bloqueio do you tube. Sei que comento com um pouco de atraso, mas ninguém lê esse blog mesmo. Dessa vez quem está pagando o pato é a MTV. Está circulando no you tube (que ironia) um vídeo com um protesto em frente à MTV, tão ridículo quanto a programação da emissora.

Um bando de retardados exigindo um pedido de desculpas da apresentadora ou a sua demissão da emissora. Os revoltosos adolescentes criaram até um site propondo um boicote à Cicarelli e a MTV.

Assistindo ao vídeo eu não entendi direito (e acho que nem eles entenderam) por que, de fato, estão revoltados e por que o boicote à MTV? Estão revoltados por que a Cicarelli deu na praia, por que não usou camisinha, por que entrou com um processo contra a divulgação do vídeo ou por que o juiz foi infeliz na sua decisão?

Acho que em nenhum dos casos caberia um protesto contra a emissora. Mas em se tratando de adolescentes desprovidos de cérebro, a MTV está pagando pelo que faz. Esses mesmos que organizaram o tal protesto e os que o apóiam no resto do Brasil foram criados pela MTV. Ela que fornece a merda que entope a cabeça e toma o lugar do cérebro de boa parte dos adolescentes brasileiros. O melhor de tudo era ver um diretor e um apresentador dando explicações (ou tentando dar) de que a emissora não tem nada a ver com isso, o que os “protestantes” entenderiam com facilidade se ainda dispusessem de algum senso crítico ao invés da merda que a MTV enfia em suas cabeças.

No final achei válido o protesto só por ver a MTV numa saia justa com seu “selecionado público”. Aqui se faz, aqui se paga emetevê.

06 novembro, 2006

A BOA NOTÍCIA

A boa notícia é aquela que aparece quando deve aparecer. É a notícia certa no momento certo. Se não for no momento certo, não é tão boa assim.

Após uma noite forte, regada a cerveja e canapés, acordo eu com o mundo girando e a cabeça prestes a explodir. Após um bom banho e a ingestão de alguns litros de água, me recordo da prova que tenho no dia seguinte, e pior, o trabalho que devo entregar juntamente com ela, o qual nem comecei a fazer.

Em meio a isso, a depressão “pós-trago” e o desejo de que o dia acabe logo.

Vou pra internet. Só pra descontrair até me convencer a fazer o maldito trabalho e a estudar pra maldita prova. Vida de estudante não é mole. Mas como diz o profeta: “Deus ajuda quem cedo madruga.” Recebi a ajuda divina ao abrir meus emails.

Já conformado com a drástica situação e com vontade de jogar tudo pro ar, deixar esta prova de lado e estudar para as seguintes, veio a boa notícia. Hotmail.com. ledpires@hotmail.com. Senha. Emails. Email do departamento jurídico. Boa notícia. Felicidade.

Acreditei nele e obtive o reino dos céus. Prova e trabalho cancelados. Quando li me emocionei de tal maneira que quase fiz amor com meu computador.

No outro dia garanti a todos, foi a minha má-vontade em estudar e fazer o trbalho que fez com que fossem cancelados. Ela move montanhas. E o pior (ou o melhor), se eu não tivesse a tal “má-vontade”, não iria pra internet naquele momento, não teria visto o email e teria feito o trabalho e estudado pra prova.

Bela notícia. Esta sim é um primor de notícia.

17 agosto, 2006

O INÍCIO DO FIM

Eu lembro onde tudo começou. Lembro exatamente onde tudo começou. Foi há, aproximadamente, quatro anos. Talvez um pouco mais, ou um pouco menos. Mas eu me lembro. O sol nasceu tão radiante quanto o meu despertar. Ao abrir a janela do quarto, deixei que sua luz invadisse o ambiente.

Como a vida é cruel. Como saberia eu, que aquele era justamente o dia do início do fim. Um dia tão belo. Eu pensava que o fim viria em um ambiente bucólico, num dia escuro com uma fina chuva e um vento frio, como nos filmes americanos. Mas não, o fim veio justamente em um dia de sol, daqueles que nos dá mais vontade de viver.

Após uma boa refeição, eu começava a me preparar para mais uma batalha. Confiante como um leão que estuda os movimentos da sua presa, só esperando a hora do embate. Tranqüilo como poucas vezes estive em uma situação como esta.

Quem temia era justamente a parte contrária, já abalada pelas derrotas nos últimos embates. No entanto o orgulho mata um vencedor. Não somente o seu, mas principalmente o orgulho ferido do inimigo. Esse traz forças, revigora e com a disciplina da derrota o faz levantar e dar volta com mais força.

O orgulho do vencedor não, esse só dispersa o guerreiro, o faz esquecer da humildade necessária na batalha. O orgulho vencedor subestima a força do adversário e faz o vencedor esquecer da disciplina e do treinamento como se a vitória fosse algo eterno.

Na hora marcada, me dirigi até o local da batalha. Não era eu quem iria lutar, mas meu guerreiro era praticamente imbatível perante o adversário do dia, ainda mais lutando em seu território. Cheguei um pouco tarde, debochando do adversário, o que me deixou em uma posição desconfortável para presenciar o embate.

No início da batalha percebi a evolução do adversário. O seu vigor não era o mesmo de batalhas anteriores. Ele estava mais forte, mais bem postado e mais agressivo. Fiz de conta que estava tudo certo até o golpe final. O grito abafado dos poucos adversários me abriu os olhos.

Após o apito tive que engolir aquela derrota a seco. A treze jogos o grêmio não perdia um grenal, e após aquele jogo confesso que o inter se agigantou e o grêmio mergulhou em sono profundo. Perdemos em casa com um gol do Danielo Carvalho. O bar onde assisti ao jogo estava tomado de gremistas que se retiravam cabisbaixos. No momento me pareceu só uma derrota, um acidente de percurso, mas era muito mais que isso, era o início do fim. E há, aproximadamente, uma hora atrás eu me dei conta de que está tudo chegando ao fim do fim. O inter se organizou, se fortaleceu e se impôs. Sendo premiado com um título da América. Agora, como bons guerreiros devemos admitir que o momento é deles, o momento é do inter.

Mas “pelamordedeus”, não coloquem um manto vermelho sob o “laçador” de Porto Alegre, isso vai doer na alma desse guerreiro.

08 agosto, 2006

PARANÓIAS DA IDADE DA PEDRA

“Vai chegar um ponto em que teremos que voltar pra era das cavernas. Teremos que voltar pra idade da pedra.” Ele disse. Após uns trinta segundos de um diálogo perdido.

O que esse cara quis dizer. Eu me perguntava. A afirmação veio após um curto diálogo do qual eu não prestava atenção, apenas balançava a cabeça tentando demonstrar interesse enquanto pensava em outra coisa.

Após dizer isso ele se virou pra frente com o olhar fixo, como se olhasse pra dentro de si mesmo. Após alguns segundos pegou a garrafa de cerveja que estava na mesa à nossa frente, encheu seu copo, tomou alguns goles e foi ao banheiro.

“Voltar pra idade da pedra”. Eu me perguntava que raio de situação nos obrigaria a voltar à idade da pedra. Tentava me lembrar do que estávamos falando, deveria ser algo sério. Mas a embriaguez havia trancado as portas das minhas lembranças mais recentes.

Pensei em perguntar o que ele queria dizer, mas agora era tarde. Ele poderia pensar que eu sou meio maluco. Além do mais eu não o conhecia, foi falta de educação da minha parte não prestar atenção no que ele falava. Mas foi apenas por um breve momento, ele falava coisas interessantes, parecia ser inteligente.

O que foi? – perguntou minha mulher que estava ao meu lado. Respondi, deseducadamente, que não era nada. Não consegui parar de pensar naquela frase, aquilo tinha despertado a minha curiosidade. Além de me deixar preocupado. E se, realmente, tivermos que voltar à idade da pedra? Esse cara já havia me alertado. E eu nem sabia o motivo. Que porcaria de educação é essa, quando a usamos nos enchem o saco, quando a perdemos nos passam informações vitais.

Acendi mais um cigarro, enquanto avistava o “profeta” saindo do banheiro. Ele foi de encontro a um amigo dele que eu também não conhecia. Esse sim parecia um sujeito estranho, às vezes parecia conversar sozinho, tocava instrumentos imaginários, e dançava como se estivesse sozinho na festa, me aparece cada um.

Após alguns instantes ele se dirige a mim novamente e me cumprimenta dizendo que estão “indo nessa”. Pensei em alguma tentativa de arrancar mais uma pista que fosse, sobre o tal assunto mas não adiantava era tarde demais, deveria ter sido mal educado mesmo e ter perguntado antes. Após os cumprimentos o desgraçado foi embora e levou consigo minha última esperança de dormir tranqüilo nos próximos dias.

Bom, se agora estivesse na idade da pedra, talvez estivesse rodando umas madeirinhas para fazer fogo, fugindo de plantas carnívoras ou caçando dinossauros, em vez de encher a cara e pensar em desastres. É, algum dia seremos obrigados a voltar pra idade da pedra

10 junho, 2006

POR QUE AMAMOS O FUTEBOL?

O futebol é o esporte mais popular do mundo. O Brasil é o país do futebol. Nascemos e crescemos jogando e/ou acompanhando o futebol.

O futebol é fantástico!

O time começa bem vai pra cima do adversário. As oportunidades vão aparecendo. Um sentimento de êxtase vai surgindo dentro do peito, parece que tudo vai dar certo. O time defende e ataca com perfeição. Só falta o gol.

O tempo começa a passar e o time não marca gol. A partida começa a ficar mais equilibrada e o time já não cria tantas oportunidades. Um sentimento de desconforto começa a surgir. Aquele “tiozinho” do lado que fala como se o futebol não lhe pregasse mais peças, vem com aquele papo de que “quem não faz toma”.

Infelizmente, apesar de fantástico, o futebol nos faz sofrer. O adversário marca primeiro. O time já apresenta um futebol inferior ao do adversário. O melhor jogador do teu time não é, nem de longe, aquele que colocou o time na final do campeonato. E o tiozinho, apesar de irritado, se vangloria com sua previsão acertada. Mas que nada, só precisa de um gol, o empate favorece, o teu time é melhor.

O bandeirinha anula um gol legítimo. A torcida vaia. O melhor jogador vai pra cima dele e numa atitude infantil é expulso. Jogando mal, com um a menos vai pro aquecimento aquele jogador furão que durante o campeonato marcou apenas um gol dentre os mais de cinqüenta que perdeu só ele e o goleiro. Você olha pro cronômetro e vê que falta pouco tempo, parece que todo o campeonato foi por água abaixo. Nessa hora você diz pra si mesmo: Fudeu!

Mas numa daquelas que o futebol nos apronta. A bola é lançada pro “furão” e ele, na base da trombada, vence os zagueiros. Todos do seu lado se levantam, inclusive você. Por dentro você grita “vai filho da puta”, mas não consegue dizer nada. Nesse momento você trava e por mais que você odeie aquele jogador, você deposita toda sua fé nele. E ele todo desajeitado, chuta mais o chão do que a bola, enganando o goleiro e fazendo a bola morrer nos fundos da rede.

A euforia toma conta. Você derrama o grito preso na garganta. Abraça aquele tiozinho que te irritou o jogo inteiro. Cumprimenta pessoas que nunca viu na vida. Coisas do futebol. Nos minutos finais seu time se retranca na defesa enquanto você vibra com cada chutão que os zagueiros dão, atirando a bola pra arquibancada. Todo mundo com o radinho ouvindo revoltado os acréscimos absurdos que o juiz determina. E o furão apesar de muito ruim se esforça em todas as bolas e é ovacionado pela torcida que lota as arquibancadas e canta emocionada o hino de seu clube. O banco de reservas pede o final do jogo juntamente com dirigentes exaltados ameaçando invadir o gramado. No outro dia a camisa do clube no peito e um sorriso no rosto que resume todo o amor que sentimos por esse espetáculo chamado futebol.

Por isso amamos esse esporte. E a copa do mundo é o auge de nossa paixão. Cada lance, cada gol, cada replay, alimenta ainda mais a nossa paixão e toda copa é acompanhada como se fosse a última, pelo menos para nós “futebolistas apaixonados”.

02 junho, 2006

21 VEZES MAIS VELHO

Vinte e uma voltas a terra deu ao redor do sol, desde que vim ao mundo. Tava tomando uns goles de wiski(do meu velho, mas fazia tempo que tava ali “estacionado”), quando resolvi escrever este texto.

Ainda que eu ache que ninguém vai lê isso aqui. Mas nem que eu escreva pra mim mesmo. Escrever pra mim mesmo. Pensando agora, o que eu diria pra mim mesmo depois desses vinte e um carnavais? Algumas diferenças eu já percebo, estou mais gordo e cada vez mais chato e, careca. Ah esse problema da calvície eu vou começar a resolver a partir da semana que vem (mais produtos pra gastar dinheiro).

Analisando o que eu aprendi de útil, foi pouca coisa, além de amarrar os cadarços e abrir garrafa de ceva com o isqueiro. Não plantei uma árvore, não escrevi um livro e muito menos fiz um filho. Nossa, que vida medíocre.

Se eu, com quinze anos, me encontrasse comigo agora, o que será que eu diria? (nossa, essa frase é uma pérola gramatical) O de quinze diria que eu estou um lixo. Eu, sei lá o que eu diria. Eu daria uma garrafa de cerveja e um isqueiro pra ele.

Pensando novamente. E se eu morrer daqui alguns dias? Acho que vou plantar uma árvore amanhã. E segunda-feira eu começo o livro. O filho vai ter que esperar. Bah, mas será que eu planto essa árvore em plena sexta-feira!? E começar a escrever um livro não é bem assim, exige planejamento. Sobre o que seria? Sobre minha vida? Nem pensar odeio autobiografias, sem falar que não teria graça nenhuma. A minha vida é, como diria Luís Fernando Guimarães, completamente “normal.” Pensando melhor ainda, vou deixar pra outra hora.

E o que será que vem pela frente!? Nunca fiz planos a longo prazo. O que eu vou estar fazendo daqui a cinco, dez, vinte anos? Sei lá... arrisco dizer que vou estar tomando o MEU wiski e escrevendo outro texto...

15 maio, 2006

VISUALIZADOR DE PERFIL

Que porra é essa???

Quem tem orkut e o acessa seguidamente deve ter levado um susto nos últimos dias. Agora todo mundo vai poder “monitorar” quem anda visitando o seu perfil. Mas qual é a boa? Agora ninguém mais visita o perfil de ninguém. E a nossa necessidade humana de bisbilhotar a vida dos outros?

Eu preferia não saber quem visita o meu contanto que pudesse visitar tranqüilamente o dos outros. Ta certo que os mais “espertos” (ou bisbilhoteiros) criaram um novo perfil falso. Mas eu ainda não entendi qual o motivo de inventarem essa.

Andei pensando, por isso que o orkut cresce tanto e tem tantos adeptos. A maioria das comunidades que os usuários tem são apenas nomes em uma lista para os outros formarem uma imagem da pessoa. São poucas as comunidades que o usuário realmente participa, troca idéias sobre alguma coisa e tal.

Mas então por que todo mundo tem orkut???

Várias vezes eu me peguei olhando as comunidades dos outros (e atire a primeira pedra quem nunca fez isso), tudo por pura curiosidade.

Nessa parte tem um pouco de big brother no meio (lá vem ele de novo), e olha que falta pouco menos de um ano ainda para a edição 94, o melhor ainda é ele ser com “pessoas reais” aquelas que nós conhecemos.

A maldita curiosidade da vida alheia é poderosa mesmo. Quantos será que já andaram dando uma passada no meu perfil só pra “dar uma espiadinha” como diria o bial. As vezes pessoas que eu nunca vi e nem ouvi falar na vida, a amiga do amigo do primo do tio do vizinho, pode ter dado uma passadinha pra conferir alguma coisa.

Quando essa novidade entrou no ar eu peguei alguns bisbilhoteiros que eu não tinha a mínima idéia de quem eram. Quando vi achei o máximo (imagina, agora eu poderia saber de todos que visitavam meu perfil), fui ver quem eles eram e só depois de acessar o perfil deles é que me dei conta que eles também iriam ficar sabendo que eu passei por lá...

...VISUALIZADOR DE PERFIL É UMA BOSTA!

10 abril, 2006

PROVOCAÇÃO

"Nosso tradicional adversário em diversas oportunidades e em diversas competições já esteve na frente do Grêmio até no último minuto quando a imortalidade tricolor entra em campo revertendo as mais difíceis situações de adversidade. Tanto foi assim que surgiu o apelido de “flanelinha” em alusão ao fato do rival guardar o lugar para quem realmente está acostumado a chegar lá.
Neste domingo, mais uma vez foi assim. Mesmo atrás do Internacional durante toda a competição, o título acabou no Olímpico.
E a participação do flanelinha não foi só dentro de campo. Logo após a conquista do Gauchão, a direção gremista ligou para a churrascaria Barranco, tradicional local das comemorações em Porto Alegre, para reservar um ambiente para os jogadores e dirigentes. O responsável pelo local disse que não haveria problema pois o Internacional já havia reservado uma área por antecipação.
Bastava apenas trocar o nome da reserva.
O Grêmio agradece a cordialidade do adversário."

Texto extraído do site oficial do grêmio: www.gremio.net

Eu ouvi tanto dos colorados nessas últimas duas semanas que eu não poderia deixar de dar a minha "alfinetada". Essa semana vou postar mais alguma coisa.

17 março, 2006

Buenos Aires, Parte I: Noite Frustrada


Viajei para Buenos Aires há pouco tempo. Uma postagem não seria suficiente para falar de tudo que eu vi e fiz por lá, por isso vou dividir em pequenas histórias que eu vou contando aos poucos.

Recebi a pouco essa foto, ela foi tirada num pub perto do hotel. Que saudade. Na hora a gente acaba não se dando conta do momento. Talvez pela leve embriaguez. Bom nota-se pelos sorrisos alcoolizados.

Meu amigo Rafa (esquerda) vivia dizendo que a vida dele era uma pegadinha do João Kleber. Que o João Kleber vivia no pé dele, só trazia desgraça, não era normal ele ser uma pessoa tão azarada. Logo de cara achei meio idiota, mas depois daquela noite eu comecei a levar em consideração essa história.

A noite de Buenos Aires foi “um pouco ingrata” com nós. Na viagem de ida nós já estávamos combinando de ir ao “Cavern Club” na noite livre que nós tínhamos após o show. Quando chegou a hora nós não tínhamos nem o endereço pra começar, um mero detalhe quando se está em uma metrópole de um país desconhecido, tinha um cara que sabia o nome da rua, lembro até hoje, “Corrientes”, e o número era “mais ou menos” entre 1600 e 1800. Lá fomos nós atrás do maldito lugar, tudo filmado pelo João Kleber, e eu nem desconfiava... Obviamente ficamos rodando por essa rua perdidos, até encontrarmos o lugar fechado.

Imediatamente pegamos um táxi para o “Hard Rock Café”, pelo menos esse lugar os taxistas conheciam. Chegamos lá pela meia-noite, mais ou menos, e adivinha... ...fechado. Não e o pior de tudo é que ele não estava fechado “naquele dia”, ele “já havia fechado naquele dia”. Eu já não sabia de quem eu tinha mais raiva, de Buenos Aires por estar com todos os lugares fechados, do Rafa que não parava de falar do João Kleber na vida dele, ou do maldito João Kleber mesmo! Bah, a porra do lugar tava fechado a meia-noite!

Depois de um tour por Buenos Aires o mais revoltante era ouvir o taxista querendo leva nós pra um putero: “chicas! chicas! no le gustan?” A essa altura eu já tava a fim de bater naquele maldito taxista. O pior é que, quando nós chegamos em frente ao hotel, ele não deixava meu parceiro descer do carro. O cara era chato pra caralho.

Chegando em frente ao Hotel o que nos restou foi beber nesse pub ao lado. Uma solução bem caseira.

A essa altura (na foto) eu deveria estar no meu 4º ou 5º chope. E na Argentina eles “degustam” a bebida a uma temperatura um pouco abaixo da ambiente. Então dá pra se ter uma noção do tamanho do nosso porre. Afogamos as mágoas de uma noite frustrada...

...maldito João Kleber.

09 março, 2006

Fica o gordinho!

Esses dias atrás, voltando da faculdade, tava passando Big Brother na tv do bus. Eu nem lembrava mais da existência do educativo programa. Era dia de eliminação. A imagem da tv tava péssima e eu não escutava nada do som. Só sei tava um gordinho nordestino. Eu acho que era nordestino porque tinha uma cara de sofrido. E um careca metido a boa pinta.

Logo de cara, com minha longa experiência em BBB, percebi que o gordinho não iria sair. Primeiro porque ele tinha uma cara de que “era pobre e precisava do dinheiro” e brasileiro sempre ajuda a quem precisa, pelo menos no BBB.

Já o careca tinha o olhar firme, com um ar de segurança o que não caracteriza uma pessoa que precisa do prêmio.

Ah! Dei a letra na hora: “fica o gordinho!” E durante esse espaço de tempo em que eu fazia a análise dos concorrentes, um grande tumulto e discussão rolava entre os viciados em BBB. Principalmente porque o bus já se distanciava de Ijuí e a imagem começava desaparecer completamente enquanto o Bial anunciava mais um dos cento e noventa e sete intervalos comerciais que eles fazem pra deixar o espectador morrendo do coração.

Mas eu não. Eu tava tranqüilo: “Fica o gordinho!” os que acompanhavam o programa a mais tempo replicavam: “não sei não o careca é um dos mais fortes!”. Os fãs do gordo vibravam: “Claro ele vai ganha! Esse BBB já tem campeão!”

Quando a imagem voltou o Bial não parava de falar enquanto as câmeras filmavam os dois, que por sua vez ficavam com cara de bobos na frente da tv. Até que enfim resolvem dar o resultado e... ...a droga da TV... ...saiu fora do ar de novo. Todo mundo indignado, alguns já estava desistindo e virando a cara pro lado pra dormir. Até eu que já sabia o resultado estava me irritando com a situação. Na hora que a imagem volta já estão se abraçando e o perdedor já ia se dirigindo à porta dos derrotados.

“Eu já sabia: fica o gordinho!”

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