Pirespace

Aqui é meu espaço. Crônicas, notícias, contos, bons textos, péssimos textos e literatices do gênero. Letras unidas de maneira que produzam algum significado, ou não.

10 junho, 2006

POR QUE AMAMOS O FUTEBOL?

O futebol é o esporte mais popular do mundo. O Brasil é o país do futebol. Nascemos e crescemos jogando e/ou acompanhando o futebol.

O futebol é fantástico!

O time começa bem vai pra cima do adversário. As oportunidades vão aparecendo. Um sentimento de êxtase vai surgindo dentro do peito, parece que tudo vai dar certo. O time defende e ataca com perfeição. Só falta o gol.

O tempo começa a passar e o time não marca gol. A partida começa a ficar mais equilibrada e o time já não cria tantas oportunidades. Um sentimento de desconforto começa a surgir. Aquele “tiozinho” do lado que fala como se o futebol não lhe pregasse mais peças, vem com aquele papo de que “quem não faz toma”.

Infelizmente, apesar de fantástico, o futebol nos faz sofrer. O adversário marca primeiro. O time já apresenta um futebol inferior ao do adversário. O melhor jogador do teu time não é, nem de longe, aquele que colocou o time na final do campeonato. E o tiozinho, apesar de irritado, se vangloria com sua previsão acertada. Mas que nada, só precisa de um gol, o empate favorece, o teu time é melhor.

O bandeirinha anula um gol legítimo. A torcida vaia. O melhor jogador vai pra cima dele e numa atitude infantil é expulso. Jogando mal, com um a menos vai pro aquecimento aquele jogador furão que durante o campeonato marcou apenas um gol dentre os mais de cinqüenta que perdeu só ele e o goleiro. Você olha pro cronômetro e vê que falta pouco tempo, parece que todo o campeonato foi por água abaixo. Nessa hora você diz pra si mesmo: Fudeu!

Mas numa daquelas que o futebol nos apronta. A bola é lançada pro “furão” e ele, na base da trombada, vence os zagueiros. Todos do seu lado se levantam, inclusive você. Por dentro você grita “vai filho da puta”, mas não consegue dizer nada. Nesse momento você trava e por mais que você odeie aquele jogador, você deposita toda sua fé nele. E ele todo desajeitado, chuta mais o chão do que a bola, enganando o goleiro e fazendo a bola morrer nos fundos da rede.

A euforia toma conta. Você derrama o grito preso na garganta. Abraça aquele tiozinho que te irritou o jogo inteiro. Cumprimenta pessoas que nunca viu na vida. Coisas do futebol. Nos minutos finais seu time se retranca na defesa enquanto você vibra com cada chutão que os zagueiros dão, atirando a bola pra arquibancada. Todo mundo com o radinho ouvindo revoltado os acréscimos absurdos que o juiz determina. E o furão apesar de muito ruim se esforça em todas as bolas e é ovacionado pela torcida que lota as arquibancadas e canta emocionada o hino de seu clube. O banco de reservas pede o final do jogo juntamente com dirigentes exaltados ameaçando invadir o gramado. No outro dia a camisa do clube no peito e um sorriso no rosto que resume todo o amor que sentimos por esse espetáculo chamado futebol.

Por isso amamos esse esporte. E a copa do mundo é o auge de nossa paixão. Cada lance, cada gol, cada replay, alimenta ainda mais a nossa paixão e toda copa é acompanhada como se fosse a última, pelo menos para nós “futebolistas apaixonados”.

02 junho, 2006

21 VEZES MAIS VELHO

Vinte e uma voltas a terra deu ao redor do sol, desde que vim ao mundo. Tava tomando uns goles de wiski(do meu velho, mas fazia tempo que tava ali “estacionado”), quando resolvi escrever este texto.

Ainda que eu ache que ninguém vai lê isso aqui. Mas nem que eu escreva pra mim mesmo. Escrever pra mim mesmo. Pensando agora, o que eu diria pra mim mesmo depois desses vinte e um carnavais? Algumas diferenças eu já percebo, estou mais gordo e cada vez mais chato e, careca. Ah esse problema da calvície eu vou começar a resolver a partir da semana que vem (mais produtos pra gastar dinheiro).

Analisando o que eu aprendi de útil, foi pouca coisa, além de amarrar os cadarços e abrir garrafa de ceva com o isqueiro. Não plantei uma árvore, não escrevi um livro e muito menos fiz um filho. Nossa, que vida medíocre.

Se eu, com quinze anos, me encontrasse comigo agora, o que será que eu diria? (nossa, essa frase é uma pérola gramatical) O de quinze diria que eu estou um lixo. Eu, sei lá o que eu diria. Eu daria uma garrafa de cerveja e um isqueiro pra ele.

Pensando novamente. E se eu morrer daqui alguns dias? Acho que vou plantar uma árvore amanhã. E segunda-feira eu começo o livro. O filho vai ter que esperar. Bah, mas será que eu planto essa árvore em plena sexta-feira!? E começar a escrever um livro não é bem assim, exige planejamento. Sobre o que seria? Sobre minha vida? Nem pensar odeio autobiografias, sem falar que não teria graça nenhuma. A minha vida é, como diria Luís Fernando Guimarães, completamente “normal.” Pensando melhor ainda, vou deixar pra outra hora.

E o que será que vem pela frente!? Nunca fiz planos a longo prazo. O que eu vou estar fazendo daqui a cinco, dez, vinte anos? Sei lá... arrisco dizer que vou estar tomando o MEU wiski e escrevendo outro texto...

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