Pirespace

Aqui é meu espaço. Crônicas, notícias, contos, bons textos, péssimos textos e literatices do gênero. Letras unidas de maneira que produzam algum significado, ou não.

17 março, 2006

Buenos Aires, Parte I: Noite Frustrada


Viajei para Buenos Aires há pouco tempo. Uma postagem não seria suficiente para falar de tudo que eu vi e fiz por lá, por isso vou dividir em pequenas histórias que eu vou contando aos poucos.

Recebi a pouco essa foto, ela foi tirada num pub perto do hotel. Que saudade. Na hora a gente acaba não se dando conta do momento. Talvez pela leve embriaguez. Bom nota-se pelos sorrisos alcoolizados.

Meu amigo Rafa (esquerda) vivia dizendo que a vida dele era uma pegadinha do João Kleber. Que o João Kleber vivia no pé dele, só trazia desgraça, não era normal ele ser uma pessoa tão azarada. Logo de cara achei meio idiota, mas depois daquela noite eu comecei a levar em consideração essa história.

A noite de Buenos Aires foi “um pouco ingrata” com nós. Na viagem de ida nós já estávamos combinando de ir ao “Cavern Club” na noite livre que nós tínhamos após o show. Quando chegou a hora nós não tínhamos nem o endereço pra começar, um mero detalhe quando se está em uma metrópole de um país desconhecido, tinha um cara que sabia o nome da rua, lembro até hoje, “Corrientes”, e o número era “mais ou menos” entre 1600 e 1800. Lá fomos nós atrás do maldito lugar, tudo filmado pelo João Kleber, e eu nem desconfiava... Obviamente ficamos rodando por essa rua perdidos, até encontrarmos o lugar fechado.

Imediatamente pegamos um táxi para o “Hard Rock Café”, pelo menos esse lugar os taxistas conheciam. Chegamos lá pela meia-noite, mais ou menos, e adivinha... ...fechado. Não e o pior de tudo é que ele não estava fechado “naquele dia”, ele “já havia fechado naquele dia”. Eu já não sabia de quem eu tinha mais raiva, de Buenos Aires por estar com todos os lugares fechados, do Rafa que não parava de falar do João Kleber na vida dele, ou do maldito João Kleber mesmo! Bah, a porra do lugar tava fechado a meia-noite!

Depois de um tour por Buenos Aires o mais revoltante era ouvir o taxista querendo leva nós pra um putero: “chicas! chicas! no le gustan?” A essa altura eu já tava a fim de bater naquele maldito taxista. O pior é que, quando nós chegamos em frente ao hotel, ele não deixava meu parceiro descer do carro. O cara era chato pra caralho.

Chegando em frente ao Hotel o que nos restou foi beber nesse pub ao lado. Uma solução bem caseira.

A essa altura (na foto) eu deveria estar no meu 4º ou 5º chope. E na Argentina eles “degustam” a bebida a uma temperatura um pouco abaixo da ambiente. Então dá pra se ter uma noção do tamanho do nosso porre. Afogamos as mágoas de uma noite frustrada...

...maldito João Kleber.

09 março, 2006

Fica o gordinho!

Esses dias atrás, voltando da faculdade, tava passando Big Brother na tv do bus. Eu nem lembrava mais da existência do educativo programa. Era dia de eliminação. A imagem da tv tava péssima e eu não escutava nada do som. Só sei tava um gordinho nordestino. Eu acho que era nordestino porque tinha uma cara de sofrido. E um careca metido a boa pinta.

Logo de cara, com minha longa experiência em BBB, percebi que o gordinho não iria sair. Primeiro porque ele tinha uma cara de que “era pobre e precisava do dinheiro” e brasileiro sempre ajuda a quem precisa, pelo menos no BBB.

Já o careca tinha o olhar firme, com um ar de segurança o que não caracteriza uma pessoa que precisa do prêmio.

Ah! Dei a letra na hora: “fica o gordinho!” E durante esse espaço de tempo em que eu fazia a análise dos concorrentes, um grande tumulto e discussão rolava entre os viciados em BBB. Principalmente porque o bus já se distanciava de Ijuí e a imagem começava desaparecer completamente enquanto o Bial anunciava mais um dos cento e noventa e sete intervalos comerciais que eles fazem pra deixar o espectador morrendo do coração.

Mas eu não. Eu tava tranqüilo: “Fica o gordinho!” os que acompanhavam o programa a mais tempo replicavam: “não sei não o careca é um dos mais fortes!”. Os fãs do gordo vibravam: “Claro ele vai ganha! Esse BBB já tem campeão!”

Quando a imagem voltou o Bial não parava de falar enquanto as câmeras filmavam os dois, que por sua vez ficavam com cara de bobos na frente da tv. Até que enfim resolvem dar o resultado e... ...a droga da TV... ...saiu fora do ar de novo. Todo mundo indignado, alguns já estava desistindo e virando a cara pro lado pra dormir. Até eu que já sabia o resultado estava me irritando com a situação. Na hora que a imagem volta já estão se abraçando e o perdedor já ia se dirigindo à porta dos derrotados.

“Eu já sabia: fica o gordinho!”

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